É com muita alegria que compartilho artigo publicado hoje na Ciência e Cultura sobre a contribuição das bibliotecas para a ciência aberta.
No texto, abordo o assunto partindo das transformações ocasionadas pela tecnologia da informação nos processos de comunicação científica estruturados, historicamente, pelos padrões estabelecidos no âmbito da indústria editorial.
Apresento as alternativas que surgiram com o desenvolvimento de repositórios de preprints, de dados e de recursos educacionais e o fortalecimento dos projetos editoriais de países emergentes com a popularização das técnicas eletrônicas de editoração e publicação em acesso aberto.
Proponho que as contribuições das bibliotecas possam ser categorizadas em duas rotas: a) conservadora, que visa possibilitar o acesso aberto pautado nos modelos de negócio e nas editorias desenvolvidas no âmbito da tradicional indústria editorial; b) revolucionária, baseada em iniciativas colaborativas e descentralizadas, que expandem os produtos da ciência e seus impactos, valorizando, além das citações, o acesso, a interoperabilidade e a reutilização pela comunidade científica, mas também comunidades locais, acadêmicos marginalizados e povos indígenas.
Defendo a importância do engajamento das bibliotecas na transição do paradigma da comunicação científica para a ciência aberta, considerando sua missão milenar de acesso público ao conhecimento como recurso de avanço tecnológico, mas, sobretudo, como instrumento de promoção da cidadania.
A atual edição da Ciência e Cultura é toda dedicada ao tema da ciência aberta com abordagens muito significativas para um entendimento inicial deste paradigma de comunicação científica tão desafiador, mas de alto impacto social para a compreensão pública da ciência.
Recomendo fortemente a leitura!
Link do fascículo:
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Link do meu artigo:
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