Ao saber que nunca tinha lido Paul Auster, o grande escritor norte-americano recentemente falecido, ganhei “Homem no escuro” de presente de aniver do querido amigo Caio Riter. Agora, de férias, resolvi lê-lo.
“Homem no escuro” é um título que expressa múltiplos sentidos para uma história formada a partir de incontáveis micro narrativas, que são integradas de forma caleidoscópica pelo ponto de vista do protagonista da história, August Brill, um crítico literário aposentado.
Estilo arriscado: a chance do efeito caleidoscópico causar vertigem ao leitor é grande. Contudo, pelas mãos de um gênio, o resultado é excelente! O mosaico narrativo fundamenta a reflexão profunda e honesta do personagem sobre sua vida em uma conduta radicalmente ética na percepção sobre si e, portanto, destituída de autocompaixão. Falível e encantador, August Brill é um lindo personagem, que traz uma ressaca literária daquelas no fim do livro.
Obrigada Caio por trazer Paul Auster para minha vida! Na verdade, somos todos “homens no escuro”.
Sobre a obra: https://g.co/kgs/LjqSc3S

