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(31) “Corajosa sim, perfeita não” por Reshma Saujani

“Corajosa sim, perfeita não” de @ReshmaSaujani é um livro que, mesmo sendo não-ficção, não há como deixar de fora desta Lista #LeiaMulheres por várias razões, mas vou me ater a duas delas. 

A primeira razão é sua capacidade de nos desafiar do início ao fim. Isso porque o livro se relaciona com uma frase muito dita pelas mulheres: “por mais perfeitas que sejamos, nunca somos reconhecidas como são os homens.” Para além da denúncia da desigualdade, essa queixa encerra duas questões: 

  • a busca pela perfeição e a exaustão a ela relacionada; e 
  • o condicionamento de nossa satisfação ao reconhecimento. 

Tudo isso misturado traz consigo uma dificuldade de curtir o processo, seja por cansaço, seja pela aposta em um causa perdida: agradar a todos. Obviamente, falo da importância desta capacidade de fruição em condições sócio-econômicas humanas, onde o risco de sobrevivência não está em jogo. Neste contexto privilegiado no qual, muitas vezes, simplesmente não nos arriscamos e não defendemos o que acreditamos por medo de não sermos perfeitas e aceitas. Um medo que nos tira a oportunidade de aprendizagem que só a coragem de aceitar um desafio permite.

Ao ser bibliotecária trabalho com muitas mulheres. Perdi a conta das realizações importantes que foram postergadas pelo medo de assumir posicionamentos difíceis, mas indispensáveis, ou de aceitar um risco para desenvolver um projeto desafiador. 

  • “Mas será que vai dar certo?”
  • “Sei lá se vai dar certo! Mas não vale a pena tentar?”

Ler Saujani me trouxe um alento: há um movimento para fazer crescer o time das mulheres que jogam para o Coragem Futebol Clube. 

A segunda razão para ler o livro é que sua leitura é frenética e isso é meio raro em textos de não ficção. Pode-se dizer que isto é comum entre os best-sellers. Para responder à acusação faço a seguinte advertência: não julgue o livro pela capa! Saujani escreve um potente manual de empoderamento feminino. Criadora do @Girlswhocode para romper com o monopólio masculino no setor de software, a autora nos provoca: existe lugar mais propício para o acerto pelo erro que na programação?

Acompanhe mais sobre o livro no perfil das Rendeiras.

#vemserrendeira

Sobre o livro: https://g.co/kgs/ckmD91

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