Quando iniciei a leitura de Torto Arado, perdi o fôlego, as primeiras páginas pareciam levar à Macondo, lugar no qual fui muito feliz com Cem Anos de Solidão de García Marquez. No avançar da leitura vi o destino sendo progressivamente alterado, o realismo mágico foi perdendo espaço para o realismo da miséria das comunidades quilombolas brasileiras. Belamente escrito, potente do ponto de vista social, Torto Arado não nos deixa esquecer que, mesmo 130 anos depois, as consequências da escravidão foram mais fortes do que qualquer política pública que a sucedeu. Díficil não se comover, difícil não se revoltar. #TortoArado ilustra a potência da literatura como recurso de conscientização critíca e cidadã sobre o desigual país que vivemos. Leia #ItamarVieiraJunior, Leia #LiteraturaBrasileira
